sábado, 14 de abril de 2012

"O gato bebe leite, o rato come queijo e eu sou palhaço."

O Palhaço

Comentário - Selton Mello queria fazer um filme de arte e que atraisse o público ao mesmo tempo, e acertou em cheio. "O Palhaço" é um filme que nos emociona, nos faz rir e refletir. A fotografia é linda, as atuações de Selton e Paulo José são magistrais e as participações especiais são divertidíssimas com destaque para Moacyr Franco, Jorge Loredo e Tonico Pereira. Em alguns momentos cheguei a lembrar de Chaplin e Fellini, de Chaplin quando Selton Mello brinca com o chapéu para fazer rir a garota no caminhão e de Fellini com a tristeza do palhaço Benjamin e a sua maquiagem negra sob os olhos, como Giulietta Masina em "Noites de Cabíria". Além de mostrar o mundo do circo mambembe, mostra a relação entre pai e filho e nos mostra que às vezes para descobrir nosso lugar no mundo, precisamos estar longe desse lugar.

Marcel Marceau: Bip

Bip, alter ego de Marcel Marceau nasceu em 1947, tendo sido inspirado em, Carles Chaplin, Harry Langdon,  Irmãos Marx e nos clown da Commedia Dell'arte. Usava um casaquinho, tadinho, listrado e surrado. Seu chapéu de ópera chinesa com uma flor linda espetada nele, significava a fragilidade da vida... Vida esta que interagia o tempo todo e de várias formas com Bip, que conversava (em silêncio) com tudo o que lhe desse lado.  Hoje Bip já não conversa com a vida em si, conversa com as nuvens e com o céu, mas de vez enquando vez nos visitar através das memórias que ele deixou com a vida!

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Era uma vez...

...Uma pessoa considerada absolutamente "azarada" por não conseguir fazer nada direito e  por ser uma figura estranha na sociedade. Um dia, esta pessoa descobriu o potencial do "azar", e da capacidade que ele tem de se transformar em alegria; Neste momento se intitulou a pessoa mais sortuda do mundo e foi feliz! O restante continuou  com suas considerações de estranheza, mas afinal, quem se importa?

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Augusto no Metrô

Atrasado e com chuva, boa combinação não acham ?  norte até sul , extremo total e relógio querendo trabalhar em dobro sim eu tenho presa e não tenho capa de super homem. Entro no metrô sinto uma paz seca e um barulho ritmado dentro dos meus sapatos. talvez seja água aflita, tiro tudo da bolsa obviou que não comprei o bilhete antes, ok! fila de 6 pessoas, duas gotas dos meus cabelos molhados caem na testa, entrego o dinheiro para moça e ela  me fornece o bilhete e o troco em moedas, passo a catraca dou alguns passos e paro, respiro , observo e vejo um piano sim tem alguém tocando , mas não é um algo qualquer é Beatles!, dei mais alguns passos fiz as pazes com o relógio , com a chuva e com a vida ali fiquei quase uma hora vendo pessoas como se estivessem dentro de um vídeo clipe e aquele senhor de manchas na mãos me dizendo através daquela bela canção para eu flutuar diante da tarde chuvosa.

Alexandre Marchesini

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Mon em : Vias Urinárias


Vias Urinárias


Chego no laborátorio quase na hora do exame,a recepcionista, que por sua vez um tanto quanto simpática me diz:
-Boa tarde senhor a carterinha e um documento com foto por favor.
Entrego tudo conforme a solicitação, ao finalizar me diz:
-Ja tomou os 8 copos de água? a bexiga tem que estar cheia
Respondo Claro e a moça de uniforme azul me diz para eu virar a direita e aguardar na 1ª sala, corro e vou direto para o bebedouro.Tomo 6 copos de água numa única golada
-Alexandre M
Entro na sala composta por computadores, uma maca, duas cadeiras e um doutor de 1,60
-Exame de rotina ou encaminhamento?
-Estou comum cálculo renal do lado esquerdo
Tiro a camisa e o médico coloca um gel na minha barriga
-Vamos procurar sua menina.Diz o dr com um sorriso
-menina ? penso eu
-Respira fundo mais uma vez[pausa longa]Olha só achei mais uma vc tem duas meninas aí dentro, uma ja esta querendo sair,tem que ver se vai ser normal ou uma cesaria [risos] quer escolher os nomes?
Eu muito assutado digo: pode ser pedrita e ardósia.

( em breve este conto relato será publicado no novo livro de Maitê Proença - )
Alexandre Marchesini